
Alguns exemplos estão listados abaixo:
- Culpa. O agressor envia mensagens para que crianças e adolescentes se sintam culpados pela agressão sexual. Se isso for descoberto, eles se sentirão culpados pelas repercussões que são causadas, por exemplo: separação familiar ou a sanção legal do agressor.
- Vergonha. Eles experimentam a sensação de que sua intimidade é violada, começam a pensar que estão danificados ou “marcados”, que todos sabem disso, há uma profunda alteração da autoestima.
- Traição e desconfiança. Pelo agressor sexual ou por quem não protege. As pessoas em quem você confia falharam com você e você pode crescer desconfiando de tudo e de todos. Se a menina, o menino ou o adolescente denunciar ou o abuso sexual for descoberto e os familiares não acreditarem ou apoiarem, o sentimento de traição aumenta.
- Dissonância cognitiva. Meninas, meninos e adolescentes não têm o desenvolvimento cognitivo para decodificar os fatos, é difícil para eles entenderem porque o agressor diz a eles que o que eles fazem é bom, mas não contar a ninguém.
- Confusão. As mensagens que meninos ou meninas recebem são contraditórias e confusas: recebem agressão e carinho da mesma pessoa. Eles podem experimentar sentimentos simultâneos como amor e ódio.
- Medo e vigilância constante. Esperando que a situação de abuso ocorra novamente.
- Pacto de lealdade e proteção mútua com o agressor. A vítima fica indecisa e tem medo de quebrar o silêncio sobre o abuso, fazendo um sacrifício pessoal para manter a unidade familiar.
- Implementação de mecanismos de defesa para sobreviver. Negação, retratação, evasão dos fatos.
Saúde física
A curto prazo
- Lesões anais ou vaginais.
- Gravidez não desejada.
- Infecções sexualmente transmissíveis: gonorreia, clamídia, tricomoníase, sífilis, HIV/AIDS e hepatite B, vaginite, verrugas genitais, processo inflamatório pélvico, infertilidade.
- A longo prazo
- Distúrbios não inflamatórios dos órgãos genitais femininos, incapacidade de ter orgasmos, dor pélvica crônica, menopausa precoce.
- Incontinência anal ou vesical.
Saúde mental
Curto prazo
- Reação aguda ao estresse: urticária no corpo, dores de cabeça frequentes ou dores abdominais, etc.
- Transtorno de estresse pós-traumático.
- Crise de pânico.
- Depressão.
- Ansiedade de separação de pessoas que se importam com você.
- Fobias.
- Distúrbios do sono: terrores noturnos, pesadelos, insônia.
- Transtornos da ingestão alimentar anorexia, bulimia ou obesidade.
- Distúrbios psicológicos e comportamentais associados à orientação e desenvolvimento sexual.
- Perda do controle esfincteriano: enurese (urina) e encoprese (matéria fecal)
Longo prazo
- Baixa auto-estima.
- Estigmatização.
- Realizar comportamentos de risco, falta de autoproteção.
- Ideias suicidas e tentativas de suicídio.
- Fracasso escolar.
- Abuso e dependência de álcool e/ou drogas.
- conduta criminosa
- Relações familiares conflitantes.
- Negligência no cumprimento das obrigações.
- Isolamento social, menos interações sociais, baixa participação em atividades comunitárias.
- Dificuldade nos relacionamentos, alto índice de ansiedade social, estilo parental permissivo, percepção negativa de si mesmo como mãe ou pai, uso de castigo físico em conflito com seus filhos.
- Revtimização.
- Transmissão intergeracional.
Crianças e adolescentes vítimas de violência sexual devem receber atendimento psicológico ou psiquiátrico para determinar como os seus aspetos resilientes serão fortalecidos e, quando apropriado, o tratamento adequado para sua situação particular.